segunda-feira, 28 de abril de 2025

Pré-eclâmpsia: O Que é, Sintomas e Cuidados na Gravidez

    A gravidez é um período de grandes transformações e expectativas para a futura mãe. No entanto, é essencial estar atenta às condições que podem surgir e afetar a saúde da gestante e do bebê. Uma dessas condições é a pré-eclâmpsia, que pode levar a complicações graves se não for diagnosticada e tratada a tempo.


O que é a pré-eclâmpsia?

A pré-eclâmpsia é um distúrbio hipertensivo que ocorre na gravidez, geralmente após a 20ª semana de gestação. Ela se manifesta pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteínas na urina (proteinúria). Essa condição pode afetar o funcionamento de órgãos vitais como fígado, rins e cérebro, trazendo riscos para a mãe e para o bebê.

Principais sintomas

Alguns sinais e sintomas comuns da pré-eclâmpsia incluem:

  • Pressão arterial elevada: maior ou igual a 140/90 mmHg em duas medições consecutivas.
  • Proteinúria: presença de proteínas na urina, que pode ser detectada em exames laboratoriais.
  • Inchaço repentino: principalmente no rosto, mãos e pés.
  • Dor de cabeça intensa e persistente.
  • Alterações na visão: visão turva, sensibilidade à luz ou flashes.
  • Dor abdominal, especialmente abaixo das costelas, do lado direito.
  • Náuseas e vômitos em estágios mais graves.

Se algum desses sintomas se manifestar, é essencial buscar um médico imediatamente, pois a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, um quadro ainda mais grave que envolve convulsões e pode ser fatal.

Fatores de risco

Embora a pré-eclâmpsia possa atingir qualquer gestante, alguns fatores aumentam as chances de desenvolvê-la:

  • Primeira gravidez.
  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia.
  • Gestação múltipla (gêmeos, trigêmeos).
  • Hipertensão crônica pré-existente.
  • Diabetes gestacional.
  • Obesidade.
  • Idade materna superior a 35 anos.

Prevenção e cuidados

Embora não exista uma maneira garantida de evitar a pré-eclâmpsia, alguns cuidados ajudam a reduzir os riscos:

  • Acompanhamento médico regular: realizar exames e consultas pré-natais para monitorar a pressão arterial e a saúde da gestante.
  • Alimentação equilibrada: consumir alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.
  • Controle de peso: manter um peso saudável durante a gravidez.
  • Prática de atividades físicas: sempre sob orientação médica.
  • Evitar o consumo excessivo de sal.

Tratamento

Se o diagnóstico de pré-eclâmpsia for confirmado, o tratamento varia de acordo com a gravidade do caso. Em situações leves, o repouso e o controle da pressão arterial podem ser suficientes. Em casos mais graves, pode ser necessário hospitalização e até a indução do parto antecipado para proteger a mãe e o bebê.

Conclusão

A pré-eclâmpsia é uma condição séria, mas com acompanhamento médico adequado, muitas gestantes conseguem ter uma gravidez saudável e segura. Estar informada e atenta aos sinais de alerta é fundamental para garantir o bem-estar durante esse momento tão especial.

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Referências Bibliográficas

  1. Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) - Diretrizes sobre hipertensão na gravidez. Disponível em: https://www.sbh.org.br.
  2. American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) - Guidelines on preeclampsia and pregnancy hypertension. Disponível em: https://www.acog.org.
  3. Organização Mundial da Saúde (OMS) - Recomendações sobre saúde materna e hipertensão gestacional. Disponível em: https://www.who.int.
  4. BRASIL. Ministério da Saúde - Protocolos de assistência à gestante com pré-eclâmpsia. Disponível em: https://www.gov.br/saude/.


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